segunda-feira, 30 de junho de 2014

Minha saudade

Olá novamente galera! Fico feliz de reencontrá-los por aqui! Eu havia desativado o blog por várias questões que expliquei no último post. Mas enfim, de lá pra cá muita coisa mudou e eu resolvi voltar a escrever. Resolvi voltar a escrever porque eu gosto disso, é minha maneira de saciar aquela vontade inquietante de se expressar, sabe?

Em breve estarei a bordo mais uma vez! Dessa vez o rumo é a Itália, estou indo morar em Pisa em agosto. Mas não voltei com o blog apenas pra compartilhar minhas impressões sobre os próximos lugares onde estarei. Quero que este diário de bordo seja de uma viagem muito maior, a vida! (olha quanta inspiração kkkkkkk) Por isso a partir de agora vocês irão encontrar textos com temas mais variados. E hoje é domingo, dia de saudade, então lá vai...

MINHA SAUDADE

É minha ou é dos outros? Na saudade moram muitas coisas, lugares, sensações, pessoas. Eu sempre tive um problema com a tal da saudade. Tem dias que ela resolve se criar de vez e parece que vira uma entidade. Aqueles dias em que qualquer coisa, ou até mesmo o nada, te faz lembrar algo que você sente saudade.

Dizem que a saudade é sempre boa porque é consequência de vivências felizes. Mas já dizia também um poeta mais pessimista que às vezes “a saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento...”. A saudade se torna pesada quando não é possível ver ou reviver aquilo que se tem saudade. Aí pode vir aquela pontada no peito, ou então um descontentamento, um pano de fundo blue chamado tristeza. Quando é possível, vem a felicidade, a alegria de reencontrar uma pessoa, de rever um lugar, de sentir novamente um sabor, um cheiro, ouvir o mesmo som. Poucas coisas são tão boas como uma saudade saciada!

Eu sinto saudade de uma infinidade de coisas. E é tanta saudade que às vezes ela vem por antecipação. Sabe quando algo muito bom está acontecendo e você pensa “nossa, vou sentir saudade disso”? Ou quando você está se despedindo de pessoas, coisas, lugares que talvez você não veja por muito tempo (ou até mesmo nunca mais), e logo vem aquela saudade antecipada? Nesses momentos você se policia pra prestar atenção a todos os detalhes, gravar na memória cada segundo.

A saudade envolve tantos sentimentos, sensações distintas, que eu não sei se é possível defini-la com exatidão como tentam os dicionários. Ela pode ser um gatilho pra alegria ou pra tristeza, até mesmo pra fome (que saudade dos pastéis de Belém!!!). Hoje a saudade que eu senti foi um pouco incomum. Foi essa:


Deixando esta cidade mais uma vez, me vem à cabeça uma falta daquilo que eu não vivi aqui. Das pessoas legais que eu encontrei, mas que por algum motivo não fortaleci amizade. Dos lugares legais que me convidaram pra ir, mas eu não fui. Dos momentos que eu até desejei que acontecessem, mas na hora exata me acovardei. Sinto saudade do que eu gostaria de ter vivido aqui com essas pessoas, mas que agora é tarde demais. Que essa saudade seja um aprendizado. Viver é pra ontem... se a gente deixar pra amanhã, pode ser que ele não chegue! ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo seu comentário! :)